Fernando Serra Azul: Ser cidadão

Por: Fernando Ribeiro

Segundo dicionários, cidadãos são indivíduos no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado ou no desempenho dos seus deveres para com esta mesma Nação.

Mesmo sendo uma das palavras mais utilizadas do vocabulário mundial, este termo quase sempre é deturpado, e geralmente cidadania nos lembra direitos.

 Mas a verdade é que poucos assuntos são tão abrangentes e atuais quanto este, principalmente quando acabamos de perder um dos maiores ícones de cidadania de todos os tempos, o querido e já saudoso Nelson Mandela. 

Portanto, nada mais falso do que resumir cidadania ao gozo dos direitos civis e políticos, esquecendo-se do principal, o desempenho dos deveres.

Precisamos Saber que na vida tudo tem um preço, e em conseqüência uma contraparte.

É conforme o evangelho de Lucas!“A quem muito foi dado muito será exigido”.

É o implacável e velho sistema das partidas dobradas! Para todo crédito um débito. Muito conhecido dos contabilistas.

Todavia, “assim como os astros divergem em brilho e grandeza”, nós humanos também nos desviamos em entendimento, talentos e caráter.

Eis os motivos dos enganos e deturpações.

É sintomático o preconceito da sociedade em relação a discursos de caráter moral.

Alegando necessidade de equivalência entre discurso e prática, terminamos por inverter valores, priorizando o desprezível.

Sabemos que nem todos é Madre Tereza de Calcutá, Mahatma Gandhi ou Nelson Mandela.

Mesmo assim poderíamos atentar mais para os discursos perfeitos da sociedade imperfeita.

Isto diminuiria o espaço dos mal intencionados com seus textos malignos e destruidores.

Elevaria o nível das conversações de um modo geral.

Ajudaria na formação moral e intelectual dos jovens e adultos.

Construiria uma sociedade mais consciente e responsável.

Isto é ser cidadão!

Até a próxima.