Hoje vivemos em permanente atividade, estamos eternamente ligados, atentos, adormecemos e acordamos impressionados com as dificuldades e as ameaças do cotidiano. Permanecemos diariamente sobressaltados, dispostos e prontos para reagir, ou seja, somos escravos e guerreiros em um campo de batalha.
Como nunca, vivemos uma época extremamente competitiva e alienante, e a vida transformou-se quase numa guerra. Neste cenário, só os aguerridos, só os ativos, somente os competitivos serão considerados vitoriosos.
Acontece que na vida não temos que guerrear com ninguém, não precisamos lutar com ninguém, não é necessário vencermos ninguém. O objetivo da vida não é vencer, não é ultrapassar, muito menos sobrepujar ou suprimir quem quer que seja.
Não precisamos de nada, além da vida, para viver. Na natureza, não há objetivos.
O ato de viver, esse acontecimento inigualavelmente belo, doce, e suave, não requer guerras, lutas ou disputas. A vida é para ser contemplada, enaltecida, e louvada.
Foi isto que Jesus recomendou quando disse: “Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;
E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no fogo, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?”
Até a próxima.
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