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O paciente que tem ou teve câncer precisa se alimentar bem para lidar com a doença e o seu tratamento. Mas acontece que muitos dos seus efeitos colaterais, como náuseas, falta de apetite, feridas na boca e até mesmo mudança de gostos e sabores, podem impedir uma nutrição adequada. O que pode fazer o paciente ou a pessoa sob seus cuidados? Aqui estão algumas sugestões.

Todos precisamos comer para viver e o ideal é também preencher uma necessidade, sentir prazer ao saborear os alimentos e desfrutar da companhia daqueles que partilham a nossa mesa. Mas, para muitos pacientes e, principalmente os pacientes que têm ou tiveram câncer, comer se converte em um trabalho e, por vezes, em momentos desagradáveis. Imagine ter que comer quando sua boca dói, devido ao fato de que você tem úlceras ou que suas gengivas estão sensíveis, quando os alimentos adquirem um sabor diferente ou nenhum, ou quando você tem náuseas ou fadiga tão intensa que até mesmo mastigar e engolir se convertem em um grande esforço.

No entanto, precisamente nestes momentos é quando mais se necessita da energia dos alimentos para lidar com o tratamento. Aqui estão algumas sugestões para facilitar o processo que irão te ajudar, seja você um (a) paciente, um familiar ou que tenha alguém sob os seus cuidados.


7 Maneiras De Se Alimentar Melhor Durante O Tratamento Com Câncer:

1. Maior flexibilidade e menos estresse no horário das refeições. A hora do almoço ou jantar pode se converter em uma fonte de estresse, se o paciente sente-se ansioso, tem náuseas, vômitos e outros desconfortos do aparelho digestivo. Evite pressioná-lo para comer. Em vez disso, ofereça os alimentos que ele mais gosta (e pode comer) e deixe que ele faça o próprio ritmo. E como o apetite pode variar de um dia para outro, seja flexível com os horários.

2. Menos quantidade, com mais frequência. Especialmente quando os níveis de energia estão baixos, um alimento muito abundante pode ser mais difícil de assimilar. É preferível servir porções pequenas mais frequentes, a cada duas ou três horas, por exemplo. Ainda assim, isso é demais para alguns pacientes. Nesse caso, espere que o seu apetite aumente e não insista para que ele coma mais uma vez que se sente satisfeito. Aguarde algumas horas e tente novamente.

3. Facilitar, é a chave. As feridas na boca causadas por radioterapia ou as feridas de uma cirurgia podem dificultar atos tão simples como mastigar ou engolir. Uma dieta líquida, alimentos passados pelo liquidificador, purês, ou pratos de textura suave podem ser a solução. Verifique com o oncologista, a enfermeira de oncologia ou nutricionista, se o paciente necessita de suplementos nutricionais, ou em casos extremos, se é possível recorrer à alimentação artificial.

4. Muito cuidado com a preparação das refeições. Os tratamentos para o câncer, muitas vezes enfraquecem o sistema imunológico por isso para o organismo se torna mais difícil combater as infecções e é mais fácil de ocorrer uma contaminação por alimentos. É muito importante que toda a comida que é oferecida para o paciente tenha sido manipulada e preparada com muito cuidado. Lavar as mãos frequentemente durante a preparação dos alimentos, verificar data de validade, limpar bem os alimentos (especialmente as verduras e as frutas) e cozinhar bem as carnes (evite servi-las a meio cozimento). Não ofereça alimentos crus, como Sushi, frutos do mar ou ovos de gema mole para reduzir ao mínimo as probabilidades de contaminação.

5. As calorias também contam. É verdade que uma dieta equilibrada e saudável é a mais adequada, mas a recuperação requer também que o paciente consuma um alto nível de calorias diárias. Além de servir mais quantidade quando o paciente tiver mais apetite, convém adicionar calorias extras. Por exemplo, adicione queijo aos sanduíches, sirva vegetais com manteiga ou creme, ou ofereça uma bebida nutricional (como um leite enriquecido com sabor de chocolate ou morango), um purê de batatas, ou massas. É aconselhável consultar com o médico oncologista ou um nutricionista sobre quais alimentos mais convém neste momento (se o paciente tem anemia, por exemplo). Lembre-se que, embora o paciente se sinta bem e tenha apetite deve-se evitar fast food, os pratos com excesso de gordura ou excessivamente condimentados e todos aqueles alimentos que o médico ou nutricionista proíbam.

6. Se o paciente preparado os alimentos ele mesmo (a), convém que aproveite os dias em que se sente melhor para preparar as refeições e congelar algumas porções para comer mais tarde. Assim, embora não tenha vontade nem força para cozinhar nos próximos dias, terá uma alimentação saudável à disposição.

7. A apresentação conta. Os pratos bem apresentados e servidos em um prato com cores alegres em uma mesa bem posta, aumentam a vontade de comer, inclusive a de um paciente relutante. Experimente!

Não se esqueça que, além de uma alimentação saudável, o corpo precisa estar bem hidratado. O paciente deve beber bastante água, sucos de frutas ou leite e deve evitar aquelas bebidas que podem irritá-lo ou distraí-lo, como as que contêm cafeína (café, chá ou refrigerantes).

Por último, mantenha sempre uma comunicação estreita com o oncologista encarregado e seus enfermeiros que podem responder suas perguntas e oferecer sugestões para oferecer ao paciente a nutrição que tanto necessita para conseguir a sua recuperação.

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