Uma ‘cerimônia-culto’ com um discurso fortemente calçado no combate às drogas por meio da fé, em detrimento de tratamentos médicos, com críticas veladas aos serviços de saúde e segurança e com coleta de “pedidos” a Deus e “ofertas” à igreja marcou na noite desta quinta-feira a inauguração do Templo de Salomão, em São Paulo. A construção faraônica, erguida pela Igreja Universal do Reino de Deus no Brás, na zona leste da capital, custou R$ 680 milhões e levou quatro anos para ser concluída. O templo tem capacidade para receber 10 mil pessoas sentadas e já é o maior espaço religioso do País. O evento de inauguração bloqueou ruas do bairro e contou com representantes de todas as esferas de governo e poder, entre os quais a presidente Dilma Rousseff (PT) e seu vice, Michel Temer (PMDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) – os três, candidatos à reeleição em outubro –, além do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal Militar (STM) e Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Pouco antes do início do culto, marcado para as 19h, um apagão deixou partes do edifício sem energia por cerca de dez minutos. Dilma se sentou ao lado do bispo e fundador da Universal, Edir Macedo, que, com indumentária típica do judaísmo – o quipá na cabeça e um manto – fez uma oração aos convidados após a coleta das ofertas e dos pedidos. Os jornalistas foram proibidos de entrar no templo – segundo a assessoria de imprensa da igreja, “porque lá (dentro) é um local sagrado, não um local de trabalho”. (Terra)
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