O Bahia perdeu, mas não caiu.

Sei que as Cassandras histéricas começarão a dizer que o time já está na série “B”, que irá perder do Náutico e que a diretoria e Cratovão são os culpados por tudo. Essa atitude derrotista se deve ao resultado ruim de hoje e a entrada do Bahia na zona do descenso. Mas, o pior problema do Bahia é que esse estado emocional do tricolor sirva para que os “caçadores de bruxas” atuem livremente piorando a situação do time ainda abalado com o resultado.

Lembro-lhes que Cristóvão até outro dia era “o milagreiro”! Assim como o diretor de futebol do Bahia nem era lembrado no período do sucesso até o triunfo sobre o Vitória. Portanto, não podemos atribuir a queda de rendimento do time a presença de Anderson Barros, nem acusarmos de corpo mole alguns jogadores por uma imaginária ligação com o presidente destituído. Não podemos deixar o emocional abalado criar a falsa percepção de que tem gente dentro do tricolor conspirando para o time descer.

Dito isso, podemos conversar? O Bahia vem de um mês para cá numa aguda crise em certos setores de campo. A insegurança de nosso técnico nas laterais do campo, a falta de confiança de alguns jogadores e o assédio em Marquinhos Gabriel e Fernandão são para mim as principais causas do péssimo rendimento do Bahia nessa fase final do campeonato brasileiro. A questão diagnosticada pode assim ser resolvida. Não podemos entregar um campeonato ainda faltando 4 jogos. Talvez mudar o técnico poderá ser uma solução.

Mas, antes de tudo urge dar um calmante para as Pitoninas e Cassandras se acalmarem. O presidente precisa reunir seu conselho e seus aliados para decidir a permanência de Cristóvão e voltar com uma solução para a queda do rendimento técnico de toda a equipe, com exceção de Marcelo Lomba. O campeonato ainda poderá nos render boas surpresas.