No polígono
da seca nordestino e regiões mais carentes do Brasil é bem pequena a lista das
coisas essenciais e indispensáveis, porém, imensas a quantidade de produtos
supérfluos.
Já nas
regiões sudeste, sul e pedaços mais ricos da nação ocorrem o contrário:
Cresce o
número dos indispensáveis e essenciais e praticamente desaparecem os supérfluos.
Se
observarmos, veremos que as pretensões da base da sociedade, estão relacionadas
à sobrevivência.
Tudo que
almejam é basicamente alimentação, segurança, moradia e roupa.
A feira de
um caboclo nordestino resume-se a farinha de mandioca, feijão, arroz, açúcar,
fubá de milho e óleo, e quando a safra é muito boa, leva-se um pedaço de carne
bovina ou um franguinho para casa.
O resto que
você imaginar, para o caboclo é luxo.
Os brasileiros
gastaram de janeiro a novembro de 2013 em viagens ao exterior a exorbitância de
R$23.125 bilhões.
Há muito
tempo o turista brasileiro é considerado um dos mais generosos em gastar, e o
Brasil um dos mais atrativos mercados para os empresários do luxo.
Louis
Vuitton , Prada, Ferrari, lamborghini ,tiffany
são marcas absolutamente indispensáveis para os ricos brasileiros.
Somos um
país rico e ninguém lamenta este fato, ao contrário,o brasileiro orgulha-se
disto.
Eu também
gostaria de andar numa Ferrari.
Qualquer
operário sonha ganhar na mega sena.
Portanto,
ninguém deve envergonhar-se da prosperidade. Acredito que só retrógrados e
fanáticos são contra a riqueza.
Não
alimentamos a ilusão de uma sociedade igualmente rica e totalmente homogênea.
Queremos é
mais atenção para a base, que afinal é o sustentáculo e fundamento de qualquer
sociedade.
Porque o
principal ainda não se fez.
Hoje pobre
já come carne, usa xampu, compra perfume e alguns até automóvel.
Mas temos
que aumentar o horizonte destas pessoas elevando seu nível de conhecimento e
cultura.
Fala-se
muito na universalização do ensino, mas alguns ainda querem monopolizar o
conhecimento.
Fala-se
muito em melhoria da educação, mas seu principal insumo, o livro, é
comercializado como qualquer mercadoria a preços absurdos.
Precisamos
acabar com o comércio do livro didático para ricos e pobres.
Por que a
gramática do ano passado tem que ser substituída?
Vamos fechar
mais esta torneira do desperdício e viabilizar o livro grátis para todos,
implantando uma cultura civilizada.
Conhecimento,
a mais poderosa das armas, é direito universal.
É disto que
pobre precisa para deixar de ser pobre, o resto é supérfluo.
Até a
próxima.
Fernando
Serra Azul.
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