Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
Única baiana com nome na lista dos 28 senadores que apoiam a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades nos contratos da Petrobras, a pré-candidata ao governo do Estado pelo PSB, Lídice da Mata, não atribui motivações pessoais, mas sim partidárias ao posicionamento. Na Bahia, o PSB é presidido pela própria parlamentar. “Foi uma decisão da executiva nacional do PSB, acatada por todos os membros da bancada [formada por três legisladores]. Houve debate, obviamente. Mas é uma atitude do partido”, explicou, ao ser questionada pelo Bahia Notícias, sobre o que a levou a assinar o documento. Entregue na manhã desta quinta-feira (27) ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB), o requerimento pede a apuração de denúncias ligadas à compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), e ao recebimento de propina da fornecedora holandesa SBM Offshore, pela estatal.
Senadores tucanos conferem lista de apoio à CPI, encorpada pelos três nomes do PSB somente após as 22h desta quarta (26) (Foto: Pedro França/Ag. Senado)
Crucial para a conquista do número mínimo de apoios à instalação da CPI – especialmente por conta de seu passado ao lado do PT, com quem ainda mantém relação próxima em alguns estados do país –, o PSB abriga um dos principais pretensos oponentes da presidente Dilma Rousseff (PT) no pleito de outubro deste ano. Na Bahia, a legenda também deve ser adversária do candidato petista ao Executivo, Rui Costa. A socialista consultada pelo BN, no entanto, nega que a atitude tomada pelos membros da sigla no Senado tenha “natureza eleitoral”. “Nosso comportamento é claro. Sabemos da importância da Petrobras para os brasileiros e não podemos tolerar irregularidades”, justificou. Ainda segundo ela, seus correligionários – que, assim como todos os demais componentes da lista a favor da investigação, têm até a 0h do dia da leitura do requerimento em plenário para voltar atrás e retirar as assinaturas – devem manter firme a decisão, mesmo com eventuais intimidações provenientes do Planalto. “Esse tipo de pressão pode estar existindo, mas o partido decidiu e não faria nenhum sentido desistirmos agora. Pelo que conheço dos senadores que compõem a nossa bancada, acho quase impossível que algum deles retire sua assinatura”, assegurou. Aliado de Dilma, Calheiros afirmou, na tarde desta quinta, ao jornal Folha de S. Paulo, que “não há mais o que fazer” sobre o assunto e deve conversar com os líderes da Casa para afinar detalhes da criação da CPI. Fonte: Bahia noticias
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