O crime de racismo na internet é o segundo com maior número de denúncias e perde apenas para pornografia infantil. De acordo com dados da ONG Safernet Brasil, que controla a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, somente em 2013 foram 78.690 denúncias anônimas de racismo, pouco menos que as 80.195 denúncias de pornografia com crianças. Entre 2006 e 2013, as notificações de ofensas raciais somaram 383.372, e envolveram 51.649 páginas distintas escritas em sete idiomas e hospedadas em 6.392 hosts diferentes. "A situação torna-se ainda mais preocupante se considerarmos que, nos primeiros quatro anos de levantamento, o crime de racismo era o quarto com maior número de denúncias", diz o presidente da Safernet, Thiago Tavares Nunes de Oliveira, ao A Tarde. Segundo o presidente, casos de homofobia e apologia e incitação a crimes contra a vida eram mais comuns há alguns anos. O assunto voltou a chamar a atenção da sociedade após dois casos se tornarem conhecidos. No primeiro, um casal em que um jovem branco e sua namorada negra postou uma foto na rede social Facebook e gerou diversos comentários racistas como "Eu acho que você roubou o branco para tirar a foto", "onde comprou essa escrava?" e "parece até que tão (sic) na senzala". No segundo, ainda mais recente, o goleiro do time paulista Santos, Aranha, foi chamado de macaco por torcedores do rival Grêmio durante uma partida. Câmeras da ESPN flagraram uma jovem claramente gritando a palavra para o atleta.
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